Censo tem início na Baixada Santista na próxima semana; veja como identificar o pesquisador

Mais de dois mil contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vão trabalhar na região

Por: Júnior Batista  -  28/07/22  -  22:04
Atualizado em 29/07/22 - 14:08
Quase 1.800 recenseadores vão trabalhar durante o Censo na Baixada Santista
Quase 1.800 recenseadores vão trabalhar durante o Censo na Baixada Santista   Foto: Divulgação/IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) inicia no dia 1º de agosto o Censo Demográfico 2022. A pesquisa, feita a cada dez anos para traçar um perfil socioeconômico do País, acontece dois anos depois da data prevista, em 2020. Seu primeiro adiamento foi por causa da pandemia de covid-19 e, no ano passado, por falta de verba.


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O IBGE previa R$ 3,4 bilhões para o levantamento. Segundo a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, neste ano foram destinados R$ 2,292 bilhões.


Na Baixada, serão 2.007 pessoas trabalhando: 1.798 recenseadores, 27 agentes censitários municipais (ACMs) e 182 agentes censitários supervisores (ACSs).


Haverá visitas em todos os domicílios da região, e os moradores responderão a dois tipos de questionários: um amplo, com 77 perguntas, e um simplificado, com 26, que abordarão assuntos sociais e econômicos das casas dos munícipes.


Segundo o IBGE, os dados são necessários para formular políticas públicas em áreas urbanas, visando à melhoria da qualidade de vida da população e à obtenção de quadro atual de questões urbanísticas e ambientais das cidades.


Segurança

Para garantir aos moradores que os recenseadores são mesmo do IBGE, além do uniforme azul característico, haverá um QR Code no crachá do funcionário. O munícipe poderá escanear aquele código com a câmera do celular para verificar informações sobre o recenseador.


Segundo o instituto, também é possível fazer a checagem pelo telefone 0800- 721-8181, informando o nome e documento do funcionário na ligação.


“O crachá fica dentro de um plástico, na frente do colete. Ele é grande, fica bem visível. Tem foto e os dados do recenseador. Atrás do colete está escrito IBGE em branco. Ele vai ter boné escrito IBGE também, uma bolsa identificada e um aparelho semelhante ao celular”, detalha o coordenador de área do IBGE na região, Bruno Stoco de Oliveira.


Métodos alternativos

Cada visita para coleta fica registrada em um dispositivo móvel. Se não encontrar os moradores do domicílio, o recenseador pode deixar um bilhete com o contato dele.


Caso não consiga contatar o morador, o supervisor deixará uma carta a respeito da obrigatoriedade da prestação de informações estatísticas e das possíveis sanções previstas pela lei do sigilo estatístico.


Neste ano, também haverá abordagens alternativas, como por internet e telefone, além de visitas noturnas quando necessário. Para responder pela internet, o informante deverá aguardar a visita do recenseador, que cadastrará seu e-mail e seu celular no sistema. Para o e-mail e o celular, será enviado um token (e-ticket), que deverá ser utilizado para acessar a página. O preenchimento é on-line e não requer nenhum aplicativo ou documento.


Na internet, o morador terá sete dias para preencher o questionário. Se o informante não conseguir concluí-lo de uma só vez, os dados ficarão salvos para que ele possa retornar de onde parou no próximo acesso. Correções também podem ser feitas a qualquer momento, mas só até que o envio ocorra.


Também será possível responder por telefone, caso o morador não esteja no momento da visita. Nesse caso, o recenseador deixará um contato para que o morador ligue, para agendar nova visita ou responder às questões. A entrevista por telefone também será utilizada para aqueles que optarem pelo autopreenchimento pela internet, mas não concluírem o questionário.


A visita às moradias ocorrerá todos os dias da semana. “Não existe horário predefinido. Em geral, ocorre durante o horário comercial. Mas haverá casos em que ele (pesquisador) precisará ir um pouco mais tarde, porque o morador trabalha e só está na residência à noite. Recomendamos até às 20 horas. As visitas também poderão ocorrer aos finais de semana, quando é possível encontrar mais gente em casa”, acrescenta Bruno Oliveira.


Identidade de gênero

O presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), desembargador José Amilcar Machado, suspendeu uma liminar da Justiça do Acre que obrigava o IBGE a incluir perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero no Censo 2022. No início de junho, o Ministério Público Federal (MPF) naquele Estado havia apelado à Justiça para que a pesquisa nacional abrangesse essas questões.


O MPF alegou que fazer o Censo sem perguntas sobre identidade de gênero e orientação sexual impediria a formulação de políticas públicas voltadas às necessidades da população LGBTQIA+. No fim daquele mês, o desembargador disse que o IBGE demonstrou “a impossibilidade de implementação” das questões em tempo hábil e que o adiamento do processo para inclusão de perguntas afetaria a contratação dos 25 mil servidores temporários e 183 mil recenseadores já selecionados.


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