Casa própria é mais importante do que casar e ter filhos para moradores da Baixada Santista
Levantamento aponta ainda que dois em cada três moradores da região têm um pet
Atualizado em 22/02/22 - 23:04
Conquistar a casa própria está entre as prioridades de moradores da Baixada Santista, mais do que casar ou ter filhos. É o que mostra o Censo QuintoAndar de Moradia, pesquisa inédita feita pela empresa em parceria com o Instituto Datafolha. Em uma escala de 0 a 10, em grau de importância, a nota média dada para conquista da casa própria ficou em 9.5. Ter filhos ficou com 7.9 e casar com 6,9.
Alcançar a estabilidade financeira ficou no topo da lista, com 9.8 de média. Na segunda e terceira posições, profissão e família aparecem com 9.7 e 9.6, respectivamente. Depois da casa própria, que ficou em quarto lugar, vem ter plano de saúde (9.2), religião e negócio próprio (ambos com 8.5), e um carro (8.4).
Animais
Segundo a pesquisa, o espaço cedido aos animais de estimação entre os moradores da região tem o maior percentual do país, com 65% das pessoas com pets, sendo os cachorros os maiores companheiros (52%), seguido pelos gatos (21%) e pássaros/aves (3%).
O levantamento mostra que 88% moradores da região concordam que ter a casa própria é um sonho, sendo que 67% dos entrevistados já são donos de sua moradia. O estudo aponta, ainda, que casas são o tipo de imóvel mais utilizado na Baixada Santista, com 59%.
"Claro que na orla e em boa parte das cidades da região há muitos prédios, mas é preciso levar em conta toda a Área Continental e as moradias mais afastadas. Esse índice, inclusive, é muito inferior ao nacional (que mostra que 88% da população mora em casas)”, explica o gerente de Dados do QuintoAndar, Thiago Reis.
A casa é o local favorito para 94% dos entrevistados e é onde 76% passam a maior parte do tempo. Seguindo a tendência das demais regiões, para 37% o quarto é o cômodo favorito, mas a sala também recebe destaque, com 33%. A configuração mais comum são imóveis com dois quartos (44%). Além disso, 69% dispõem de garagem e 61% das casas têm quintal ou área externa.
Por outro lado, apenas 5% possuem escritório para home office, demanda crescente em meio à pandemia. “Também chama a atenção é o número de pessoas que moram em imóveis com um quarto na região: 33%. É um índice bastante expressivo. No Brasil, esse percentual fica em 14%”, diz Reis.
A pesquisa revela ainda que a relação do morador da Baixada com a sua casa mudou durante a pandemia e trabalhos domésticos, filmes por streaming e cozinhar tornaram-se hábitos mais frequentes para os moradores da região.
“Estamos compartilhando esse estudo para inspirar e impactar positivamente todo o ecossistema imobiliário, de empresas a consumidores, empoderando a cadeia com informações relevantes que ajudam na tomada de decisão. Sabemos que conhecer melhor os hábitos, desejos e anseios da população com relação à moradia é valioso para essa construção", afirma Reis.
Metodologia
O Censo QuintoAndar de Moradia traz informações sobre o mercado residencial no Brasil, a caracterização do domicílio, além de hábitos, anseios e desejos dos brasileiros. Ao todo, foram realizadas 3.186 entrevistas com a população brasileira (108 na Baixada), com idade a partir de 21 anos, em todas as cinco regiões do país (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
Há, ainda, uma amostra representativa das regiões metropolitanas de Rio, São Paulo e Belo Horizonte e dos macropolos da Baixada Santista e de Ribeirão Preto. A pesquisa foi feita por meio de entrevistas pessoais em pontos de fluxo populacional entre os dias 11 e 21 de outubro de 2021 e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos para o total da amostra.
Resultados:
De 0 a 10, em grau de importância, qual nota você daria para:
Estabilidade financeira – 9.8
Profissão - 9.7
Família - 9.6
Conquista da casa própria ficou - 9.5
Plano de saúde - 9.2
Religião - 8.5
Negócio próprio - 8.5
Ter um carro – 8.4
Ter filhos – 7.9
Casar – 6.9
Totais relativos às notas médias dos entrevistados.
