Campanha da Fraternidade será lançada nesta quarta-feira na Baixada Santista

O tema escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para este ano foi Fraternidade e Educação

Por: Sandro Thadeu  -  01/03/22  -  18:57
A Campanha da Fraternidade será lançada na Catedral de Santos
A Campanha da Fraternidade será lançada na Catedral de Santos   Foto: Arquivo AT

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abrirá oficialmente nesta quarta-feira (2) a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, que tem como tema Fraternidade e Educação. O lema escolhido é o seguinte: “Fala com sabedoria, ensina com o amor”, que foi extraído do livro de Provérbios.


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Na região, o lançamento da CF na Diocese de Santos ocorrerá nesta quarta (2), às 9 horas, na Catedral, onde o bispo dom Tarcísio Scaramussa presidirá a missa. A data marca o início da Quaresma, o período de preparação para a Páscoa.


A cada ano, é escolhido um tema diferente para a CF. O objetivo é despertar a solidariedade dos cristãos e da sociedade a respeito de um problema que atinge a nação brasileira e buscar caminhos e soluções para enfrentar esses problemas.


É a terceira vez que esse assunto será abordado na Campanha da Fraternidade. A primeira ocorreu em 1982 e a segunda, em 1998. Conforme Scaramussa, a Igreja Católica chama os fiéis para se comprometerem a superar “a atual emergência educativa” para proporcionar um futuro melhor a todos, principalmente a crianças e adolescentes.


“O papa Francisco diz que a Educação deve ser um esforço de todos e cita o seguinte provérbio africano: ‘para educar uma criança é preciso toda uma aldeia’. Ou seja, a sociedade deve se envolver e comprometer com essa questão. A família, a escola, os meios de comunicação, as redes sociais e a convivência social educam”, destacou Scaramussa.


Estudo

A educadora e coordenadora diocesana da CF, Helenice Vizaco, afirmou que já foram realizadas formações sobre o tema deste ano com os coordenadores paroquiais de algumas cidades da região, professores e diretores convidados. A próxima ocorrerá neste sábado, em Mongaguá. Em Santos, essa atividade será feita no dia 26 deste mês.


“Nosso objetivo é de lançar as sementes em nossas paróquias e nas secretarias municipais de Educação. A partir da discussão do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, esperamos que ações concretas sejam desenvolvidas de acordo com a realidade de cada uma das cidades da nossa região”, explicou.


Início da Quaresma

A Campanha da Fraternidade (CF) sempre é lançada durante o tempo litúrgico da Quaresma, que é o período de preparação para a Páscoa. Ela representa uma resposta dos católicos à possibilidade de vivenciar esse momento com ações concretas.


“A campanha é uma atitude espiritual própria do tempo da Quaresma, que é o processo de conversão para a fraternidade. A Igreja propõe três práticas importantes: a oração, o jejum e a esmola”, explicou o bispo da Diocese de Santos, dom Tarcísio Scaramussa.


Segundo ele, a CF se propõe a fazer uma grande mobilização e conscientização das pessoas, começando pelas comunidades de paróquias até chegar no restante da sociedade.


Por esse motivo, o texto-base da Campanha traz o detalhamento sobre o que levou a CNBB definir a Educação como assunto principal e uma série de dados e informações relevantes a respeito da realidade desse setor no Brasil.


De acordo com Scaramussa, a iniciativa faz menção à pandemia de covid-19, que deixou lições e compromissos para o futuro. “Como a Educação que incentiva o progresso e o desenvolvimento científico, que interfere no comportamento das pessoas e nas decisões dos governos”, afirmou.


A coordenadora diocesana da CF, Helenice Vizaco, destacou que o tema deste ano é muito amplo e citou que há muita coisa para ser trabalhada na região, como a questão da evasão escolar, que registrou um crescimento a partir da pandemia de covid-19, iniciada em março de 2020.


Ela citou ainda que muitos estudantes da rede pública foram prejudicados nos últimos dois anos, porque muitas famílias tiveram dificuldades de disponibilizar um computador ou um celular para que as crianças e adolescentes tivessem acesso às aulas remotas.


“Em maio ou em junho, pretendemos fazer uma espécie de fórum de debates para que a gente possa discutir melhor políticas públicas que são necessárias para o setor”, disse Helenice, que é educadora há 34 anos.


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