Caminhoneiros iniciam paralisação em Santos e madrugada tem princípio de confusão
Motoristas se reúnem nesta segunda (1°) no início do Retão da Alemoa
Atualizado em 01/11/21 - 13:01
Caminhoneiros que atuam no Porto de Santos já iniciaram a paralisação no bairro da Alemoa, em atos de defesa de políticas para a categoria e pela mudança no sistema de reajuste de combustíveis. Durante a madrugada desta segunda-feira (1°), por volta das 2h, segundo informações preliminares, houve um princípio de confusão no bairro Alemoa, onde policiais dispersaram manifestantes.
Nesta manhã, motoristas se reúnem no início da Avenida Engenheiro Augusto Barata, conhecido como Retão da Alemoa. Há uma decisão da Justiça Federal de Santos, a pedido da Autoridade Portuária (APS), proibindo bloqueios dos acessos portuários.
Do contrário, caminhoneiros estarão sujeitos a multa diária de R$10mil, e empresas, de R$100mil. Outra decisão, da 1ª Vara Cível de Santos, também proíbe bloqueios decorrentes da greve. Foi um pedido da Ecovias, válido para as rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes e suas vias de acesso.
O objetivo dos caminhoneiros é chamar a atenção do Governo Federal, que já recebeu uma série de reivindicações dos profissionais. Entre elas, cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, aposentadoria especial a partir de 25 anos de carreira e o fim da política de preço de paridade de importação da Petrobras para combustíveis.
As sucessivas altas nos preços do óleo diesel também desagradam aos caminhoneiros, que não concordaram com o plano do Governo Federal de oferecer um auxílio mensal de R$400,00 aos trabalhadores.
CONCENTRAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam),Luciano Santos de Carvalho, declara que cerca de 2 mil associados à entidade devem aderir à greve. Ele salienta que a orientação é de manifestação pacífica.
No fim de julho, transportadores da região interromperam as atividades durante um dia, sem impactos à operação do Porto. Outras entidades do setor também devem apoiar o movimento nacional.
Em nota, a Polícia Militar disse que agentes do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) cumpriam uma decisão judicial que proíbe a interdição da via próximo ao Porto de Santos e intervieram em um protesto, cujos manifestantes tentavam impedir o fluxo de veículos.
A corporação afirma que "foi necessário o uso de técnicas de controle de tumulto para dispersar os presentes". Um homem chegou a ser levado para o 1º Distrito Policial de Santos por incitar manifestantes a interditarem a pista. Na delegacia, ele foi ouvido e liberado.