Buracos preocupam na Anchieta

Motoristas e motociclistas que descem a Serra do Mar têm uma preocupação a mais na hora de enfrentar a estrada: não danificar o veículo ou se envolver em acidentes por conta dos buracos no asfalto presentes no trecho final da Rodovia Anchieta.

Em 10 quilômetros percorridos na manhã de ontem, entre Cubatão e Santos, a Reportagem constatou vários desníveis e imperfeições na pista. Em alguns pontos, percebe-se que um remendo de massa asfáltica foi realizado em algum momento, mas já o material está se desfazendo e o buraco volta a aparecer.

Muitos dos desníveis se encontram principalmente na faixa por onde circulam os veículos mais pesados.

O caminhoneiro Jonas Silva, de 43 anos, vem diariamente de Mairinque, na região de Sorocaba, para o Porto de Santos e enfrenta essas dificuldades. “Este trecho da estrada está muito ruim, com muitos buracos, principalmente na pista em que passam os caminhões”, queixa-se.

O motoboy Carlos Henrique dos Santos, de 32 anos, conta que já teve colegas que chegaram a derrapar na pista e fica alerta toda vez que tem que voltar de São Paulo. “Qualquer desnível pode fazer a moto perder o equilíbrio, o que pode ser fatal em uma estrada. E não adianta andar pela faixa, entre os carros, porque tem buracos até nesses pontos”, afirma.

A bronca maior dos motoristas fica por conta do pedágio. “É um dos mais caros que se tem e os responsáveis tinham que, no mínimo, manter a pista segura”, reclama o motorista André Viana, de 44 anos, morador de Santos. Para carros de passeio, o valor do pedágio é de R$ 26,20.

Outro Lado

Em nota, a Ecovias informa que as chuvas em março prejudicaram o trabalho rotineiro de manutenção das rodovias. “Para compensar essa situação, a Ecovias ampliou sua equipe de tapa buraco e tem se empenhado para executar os serviços emergenciais 24 horas por dia”, afirma. Se a chuva der trégua, as intervenções no trecho citado serão efetuadas ainda esta semana.

Nesta semana, as equipes começam a realizar também serviços de reparos definitivos no trecho, o que compreende a aplicação de asfalto em extensões maiores da pista.

Quanto ao recapeamento costuma ser realizado nos meses mais secos do ano e segue cronograma estabelecido no contrato de concessão. O último recapeamento foi concluído em maio de 2018.

“No trecho citado, foram registrados neste ano 18 acidentes envolvendo motocicletas, nenhum deles relacionado às condições da via. Foram oito colisões, um choque em objeto fixo e nove tombamentos”.