Baixada Santista tem a menor taxa de expectativa de vida do Estado

Em cinco décadas, o indicador teve um aumento de 18 anos na média dos 645 municípios paulistas

Por: Por ATribuna.com.br  -  13/11/20  -  18:57
  Foto: Adobe Stock

A Baixada Santista ocupa a última colocação entre as 16 regiões administrativas paulista no critério de expectativa de vida ao nascer. Estudo divulgado nesta quinta-feira (12), pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), sinaliza que a idade média dos moradores regionais é de 74,7 anos – tratam-se de quase três anos a menos que a verificada em Ribeirão Preto, que lidera o ranking. 


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!


A expectativa de vida ao nascer é o número médio de anos esperados para um recém-nascido, em determinado espaço geográfico. Segundo o estudo, esse indicador no Estado de São Paulo, em 2019, correspondia a 76,4 anos – o que revela expressivo avanço na longevidade.  Nas últimas cinco décadas, houve aumento de 17,7 anos e, entre 2000 e 2019, o incremento foi de 4,8 anos, confirmando a tendência ascendente da expectativa de vida paulista. 


Em todas as faixas etárias 


Os indicadores detalhados por idade apontam acréscimos em todas as faixas etárias. Assim, crianças de 10 anos ampliaram sua esperança de vida de 66,1 anos em 1970, para 77,4 anos em 2019, enquanto jovens de 30 anos passaram de 67,7 para 78,3 anos, nesse mesmo período.  


Ressalta-se que pessoas idosas com 70 anos estenderam sua expectativa de vida de 78,9 para 84,3 anos. Além da redução continuada da mortalidade na infância, com impacto imediato na sobrevivência entre os mais jovens, também ficam evidentes fortes progressos nas demais faixas etárias da população residente no Estado.  


Em 2019, a esperança de vida feminina era de 79,4 anos e a masculina de 73,3 anos, com uma diferença de 6,1 anos entre os sexos, inferior àquela registrada em 2000: 9,0 anos. A atenuação observada está diretamente associada à queda da mortalidade masculina, em especial as causas de morte relacionadas a agressões e acidentes de transporte, favorecendo, principalmente, a sobrevivência da população masculina jovem. 


As maiores esperanças de vida ao nascer são verificadas nas regiões de Ribeirão Preto (77,0 anos), Campinas (76,9) e São José do Rio Preto (76,8), enquanto as menores aparecem na Região Metropolitana da Baixada Santista (74,7) e nas regiões de Itapeva (74,8) e Registro (75,4). A diferença entre os valores regionais extremos, em 2019, foi de 2,3 anos, menor do que aquela observada em 2000 (4,5 anos). Essa redução sugere tendência de aproximação regional, resultante de ganhos expressivos em regiões com menores níveis de longevidade. 


Logo A Tribuna