Baixada Santista soma 29 casos da variante Delta, aponta Secretaria de Saúde do Estado

Nova classificação da Organização Mundial de Saúde altera a maneira como cepa é identificada.

Por: ATribuna.com.br  -  31/08/21  -  19:45
 Novo balanço aponta que casos se concentram em quatro municípios da região
Novo balanço aponta que casos se concentram em quatro municípios da região   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a análise e confirmação de casos da variante Delta da covid-19, a Baixada Santista passa a somar 29 casos desta cepa. O novo balanço, enviado nesta terça-feira (31) pela Secretaria de Saúde do Estado para A Tribuna, aponta que as ocorrências se concentram em quatro municípios da região: Guarujá, Santos, Praia Grande e São Vicente.


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De acordo com a pasta estadual, Praia Grande tem 13 confirmações entre seus moradores. Santos soma dez casos de residentes da cidade. São Vicente tem quatro e Guarujá, dois. Outras cinco pessoas, tripulantes de navios que já estiveram no Porto de Santos, também apresentaram resultados positivos para a variante. No entanto, as prefeituras não contabilizam essas notificações.


Em todo Estado de São Paulo, são 764 casos da cepa Delta, incluindo 747 autóctones e 17 importados. A entidade passa a incluir como “variante de atenção” todas as linhagens derivadas da Delta. O número reflete o novo panorama da classificação genética da variante, e não uma intensificação de sua transmissão, já que a Gamma ainda continua predominante em terras paulistas.


A "linhagem-mãe" da Delta (código B.1.617.2), como pode ser chamada a primeira versão identificada, já possuía “sublinhagens” que vão da AY.1 até a AY.22, mas apenas parte delas estava classificada desta forma até então. A partir desta definição da OMS, todas as derivadas passam a ser analisadas igualmente.


“Era esperado que a OMS fizesse a inclusão das derivadas da Delta, uma vez que as sequências virais eram todas classificadas desta forma, o que é útil para mapear o surgimento da linhagem em um território”, explica o diretor de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz, Adriano Abbud.


O termo “variante de preocupação” (VOC ou “variant of concern”, na sigla em inglês) foi adotado pelas autoridades sanitárias internacionais para quatro cepas devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção.


Entre elas, está a variante Gamma (P.1), que ainda predomina em São Paulo: são 1.410 casos, o dobro em comparação à Delta. As outras duas são a Alpha (B.1.1.7), com 38 casos no Estado, e a Beta (B.1.351), com apenas três.


Qualquer vírus passa por processo evolutivo e pode sofrer mutações, gerando cepas que compartilham um "ancestral" comum a partir da alteração de características – como capacidade de transmissão, multiplicação e gravidade de infecção. Se um organismo é infectado com uma variante e o estímulo de resposta se difere da "linhagem-mãe" original, ele constitui uma cepa ou linhagem.


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