Baixada Santista registra queda geral de crimes no 1º bimestre
Roubos: melhor resultado em uma década
Exceto pela alta em furtos e estupros, a Baixada Santista encerrou o primeiro bimestre com queda nos crimes contra o patrimônio na comparação com igual período de 2018. Roubos em geral, de carga e de veículos registraram os menores indicadores para o período em uma década, segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).
Assassinatos e furtos de carros também caíram nos dois primeiros meses do ano. Os dados constam no levantamento feito por A Tribuna com base nas estatísticas mensais de criminalidade da SSP.
Nos primeiros 60 dias do ano, houve 433 furtos de veículo na região, 208 a menos do que no primeiro bimestre de 2018. A queda no foi verificada em oito das nove cidades - a exceção foi Guarujá (alta de 4,3%). Furtos (11,9%) e estupros (2,9%) foram os únicos crimes que cresceram no período. Furtos de veículos (-32,5%) e roubo de carga (-31,1%) são os crimes com maior queda.
Roubos de cargas tiveram queda de 33 registros entre o primeiro bimestre deste ano e o do ano passado - 106 casos em 2018 e 73 agora. Considerado todo o ano passado, havia sido o crime que mais cresceu em 2018 - 17,6% ante 2017. Roubos de veículos diminuíram 11,9%, o que representa uma diferença de 46 ocorrências de um ano a outro.
Mais ocorrências
O levantamento atual indica retração de 6% nos roubos em geral (de 2.653 para 2.495).
Principal indicador de violência, homicídios dolosos baixaram 10,7%, de 28 para 25. “Oitenta e cinco por cento desses casos foram esclarecidos”, diz o diretor do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-6), Manoel Gatto Neto.
Ele credita a queda nos números ao trabalho de inteligência e de investigação. “O que diminui as estatísticas é retirar o ladrão das ruas”. Segundo Gatto, furtos continuam elevados por causa de regras flexíveis para delitos de menor gravidade.
Baixada Santista e Vale do Ribeira, coronel Rogério Silva Pedro, destaca o uso de tecnologia na prevenção de crimes. “Os shows na orla e eventos de grande aglomeração populacional contribuíram para o aumento de furtos, geralmente de celulares”.
