Baixada Santista está entre locais com maior alta de mortes por Covid-19
Ritmo de contágio e óbitos fora da Grande SP é mais rápido. Estado faz advertência
O crescimento de casos de Covid-19 fora da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) preocupa o Governo Estadual. Em abril, o avanço no Interior e no Litoral foi em um ritmo quatro vezes superior. Entre 30 de abril e esta segunda-feira (18), o número de mortes pelo novo coronavírus foi maior em seis regiões do Estado, como a Baixada Santista, na comparação com a Grande São Paulo.
“É hora de compreendermos a gravidade das circunstâncias que o Brasil e São Paulo estão enfrentando na pior fase do coronavírus desde a sua chegada”, declarou o governador João Doria (PSDB), ontem, durante entrevista coletiva.
Na oportunidade, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, apresentou dados do avanço da doença no Estado.
O estudo mostra que, no início de abril, as 606 cidades fora da Grande São Paulo – que abrange a Capital e outros 38 municípios – somavam 129 casos, mas encerraram o mês com 4.389 infectados, um aumento de 3.302% no mês. No mesmo período, a Região da Capital passou de 2.793 casos para 24.309: mais 770%.
Neste mês, os dados mostram que o crescimento proporcional da doença mantém mais força fora da Grande São Paulo, que teve alta de 108%.
Nas demais regiões administrativas (RAs), subiu mais: Presidente Prudente (379%), São José do Rio Preto (309%), Ribeirão Preto (234%), Sorocaba (227%), Bauru (210%), Franca (197%), Vale do Ribeira (185%), Barretos (184%), São José dos Campos (178%), Marília (173%), Campinas (170%), Itapeva (167%), Araraquara (167%), Baixada Santista (156%) e Araçatuba (138%).
Mortes
Também entre 30 de abril e 18 de maio, o ritmo do número de mortes em seis RAs foi proporcionalmente maior que o da RMSP, com alta de 104% nos óbitos.
Ficaram à frente Barretos (267%), Araçatuba (260%), São José do Rio Preto (167%), Itapeva (150%), Baixada Santista (121%) e Bauru (107%).
“Todas as cidades acima de 15 mil habitantes no estado de São Paulo já têm o coronavírus. Nossa orientação é que as pessoas possam ficar em casa e seguir o modelo de quarentena para que a gente possa superar esse momento agudo da incidência do vírus”, disse Vinholi.
Leitos
Na coletiva, o governador anunciou a contratação de 4.500 leitos em hospitais privados, dos quais 1.500 de UTI para pacientes com Covid-19, ao custo de R$ 594 milhões. Segundo Doria, os leitos estarão prontos até 11 de junho.