Baixada Santista amplia venda de imóveis em 11%

Levantamento de cartórios de registro e Fipe aponta 1,2 mil operações em outubro; Secovi diz que setor sofreu menos na pandemia

Por: Júnior Batista  -  09/12/20  -  23:54
  Foto: Matheus Tagé/ AT

A Baixada Santista e Vale do Ribeira apresentaram aumento de 11,8% nas vendas de imóveis em outubro, em comparação com setembro, segundo dados dos cartórios de registro de imóveis levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). 


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Ao todo, foram 1.222 operações de compra e venda. Esse número, segundo a Fipe, inclui ainda permutas, cessão de direitos e arrematação em hasta pública (leilões).


As vendas cresceram 20% em outubro, frente ao mesmo mês de 2019. Isso mostra, segundo o diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Carlos Meschini, que o mercado está aquecido. “O setor imobiliário sofreu pouco na pandemia”, afirma.


Meschini ressalta, porém, que é preciso ter cautela para analisar esse crescimento. De acordo com ele, houve uma mudança de comportamento que a pandemia trouxe, como cessões de direito ainda em vida e partilhas. 


Os números do terceiro trimestre no Litoral reforçam essa tendência. Houve crescimento de 101,9% no número de transferências totais em relação ao segundo trimestre, quando tudo estava fechado. No mesmo período, as vendas aumentaram 84,1%. “Esse movimento aconteceu em todo o Estado. O mercado esquentou porque os compradores ficaram mais em casa e valorizaram seus lares, mas é preciso ressaltar que essa cautela com documentações e burocracias envolvendo heranças, por exemplo, também foi notada como mudança de cultura”, explica Meschini.


A diretora de relações institucionais do Registro de Imóveis do Brasil, Patrícia Ferraz, reforça que o Litoral teve o melhor desempenho do Estado neste terceiro trimestre também se comparados os dados com o mesmo período do ano passado. 
As transferências gerais subiram 28% e as operações de compra e venda tiveram aumento de 23% frente o mesmo período do ano passado. Porém, esses números ainda são insuficientes para recuperar as perdas que o Litoral teve entre os anos de 2015 e o ano passado.


No período, a região teve o pior desempenho do Estado em quantidade de transferências, compras e vendas. Ainda assim, é possível comemorar o saldo positivo neste fim de ano, que ainda pode subir mais. “Esse deficit em relação a outras localidades ao longo dos anos e uma mudança de comportamento podem explicar esse crescimento, já que as pessoas passaram a trabalhar em home office e buscam um padrão de vida mais adequado à nova realidade, algo que o Litoral oferece melhor que outras regiões do Estado”, conclui.



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