Avanço para a fase verde do Plano SP anima empresários da Baixada Santista

Região foi reclassificada para etapa mais flexível do Plano São Paulo; setor de bares e restaurantes espera reflexo em breve

Por: Matheus Müller & Rafael Motta & Da Redação &  -  10/10/20  -  11:07
Atualizado em 10/10/20 - 11:21
Mortes pela doença confirmadas nesta sexta-feira (9) ocorreram em Santos
Mortes pela doença confirmadas nesta sexta-feira (9) ocorreram em Santos   Foto: Matheus Tagé/AT

A passagem da Baixada Santista para a fase verde do Plano São Paulo, em que o Governo Estadual dita regras de flexibilização e restrições no período de pandemia, anima empresários da região. Para o setor de bares e restaurantes, por exemplo, a possibilidade de ampliar o horário de funcionamento e a capacidade de ocupação permite projeções otimistas de faturamento e empregos, inclusive, para a próxima temporada de verão. 


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Entre as permissões anunciadas ontem e que começam a valer hoje, estão a extensão no tempo de atendimento em estabelecimentos, de oito para 12 horas diárias, e o funcionamento com capacidade máxima ampliada de 40% para 60%. Poderá ser assim também, por exemplo, em shopping centers, salões de beleza e academias.


“Agora, com 12 horas e 60%, e a continuar o que já vinha acontecendo em agosto e setembro, se fortifica a recontratação de muitos funcionários. O impacto já era muito bom com oito horas. Em três semanas, veremos os reflexos (da passagem da fase amarela para a verde)”, diz o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista, Heitor Gonzalez.


A mudança de fase ocorreu na Baixada e nas regiões de Campinas, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté e na Região Metropolitana de São Paulo – que reúnem 76% da população paulista. Ela se deve à queda nos números da covid-19. Porém, o governador João Doria (PSDB) alertou que os protocolos de segurança devem ser mantidos para se dar continuidade à retração dos casos da doença.


Conforme Doria, as pessoas devem evitar aglomerações, usar máscaras, manter o distanciamento e higienizar as mãos. “Avançamos muito até aqui com o Plano São Paulo e desejamos continuar avançando e evoluindo para, gradualmente, seguindo a orientação do Comitê de Saúde (do Estado), permitir a distensão (maior flexibilização), desde que os números e condições permitam”, disse.
O governador alertou que as medidas protetivas podem evitar o que ocorre na Europa, que vivo a considerada segunda onda da epidemia. Quanto ao feriado prolongado, destaca a importância de as pessoas o aproveitarem com cautela. 


“Precisamos compreender que, sim, podemos desfrutar o final de semana prolongado, mas com cuidado. Cuidado para proteger a sua vida, dos seus familiares e amigos. O vírus não escolhe vítima, nem idade, nem sexo, nem condição socioeconômica.”


Segundo Doria, a fase azul, último estágio do Plano São Paulo, pode estar perto na tabela, mas longe da realidade. O governador destaca que a próxima etapa – o novo normal – está atrelada à vacinação. 


PRAZO


As reclassificações têm ocorrido a cada 28 dias, mas o secretário de Saúde do Estado, Jean Carlo Gorinchteyn, afirmou que as autoridades estão atentas às mudanças nos números da covid-19 e podem promover alterações e aumentar restrições se os casos voltarem a crescer.


Caso haja oscilações dentro de um padrão, o período de reclassificação será mantido. Porém, uma variação muito grande pode levar uma região diretamente para a fase vermelha, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen. 


A média móvel continuará sendo avaliada semanalmente, mas as reclassificações, só após 28 dias – a próxima está prevista para 16 de novembro. O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, José Medina, destacou que a reclassificação a cada 28 dias evita distorções.


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