Aposentados e pensionistas aguardam assinatura de Bolsonaro para o 13º do INSS

Medida garantirá a antecipação de 50% do benefício

Por: Rosana Rife & Da Redação &  -  23/07/19  -  20:57
Valor máximo do saque é de R$ 500 por conta, que poderá ser feito de setembro a março de 2020
Valor máximo do saque é de R$ 500 por conta, que poderá ser feito de setembro a março de 2020   Foto: Agência Brasil

Aposentados e pensionistas estão na expectativa da publicação do decreto presidencial que autoriza o pagamento da primeira parcela do 13º salário do INSS na folha de pagamento de agosto. A liberação do dinheiro ocorre desde 2006, mas sempre depende da assinatura do presidente da República. 


De acordo com a assessoria da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia, a data limite para que o depósito seja realizado nas contas dos segurados do INSS seria a primeira quinzena de agosto.


Na região, poderão ser beneficiados mais de 217 mil aposentados, gerando uma injeção de recursos superiores a R$ 227 milhões.


O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, afirma que já entrou em contato com o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, para esclarecer a situação. “Ele me disse que o decreto está pronto e na mesa do presidente Jair Bolsonaro. Espero que não haja nenhum problema”.


O presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas (Anapi), Antônio Carlos Domingues da Costa, adotou medida semelhante. “Enviei um comunicado para o gabinete do presidente pedindo informações, porque a antecipação já faz parte do orçamento dos segurados”. 


Representantes da Confederação Brasileira dos Aposentados também seguem atentos ao tema. “Estamos preocupados. Já pressionamos os nossos parlamentares para que não ocorram surpresas”, diz o diretor da entidade, Gildo Arquimínio de Carvalho.


Se o decreto for assinado, o pagamento será feito entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro. A bolada extra é quitada junto com o benefício, seguindo o cronograma de pagamento, e equivale a metade do valor do benefício.


“Se não sair, vamos para a Justiça, como já fizemos no governo da ex-presidente Dilma Rousseff”, avisa Inocentini.


A Reportagem entrou em contato com a assessoria da Presidência, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


Lei


Uma saída para o impasse que acontece anualmente seria transformar a antecipação em lei, avaliam os representantes de entidades de aposentados.


“Isso seria o ideal. Vamos levar a reivindicação aos parlamentares, aproveitando as discussões da reforma da Previdência”, acrescenta Carvalho.


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