Animais morrem no litoral de SP ingerindo sachês, sacolas e até roupas; VÍDEO

Equipe do Instituto Gremar, em Guarujá, é responsável pela reabilitação de espécies encontradas com excesso de plástico no corpo, materiais de pesca, machucados causados por embarcações e problemas de causas naturais

Por: Jordana Langella  -  16/03/21  -  12:51
  Foto: Jordana Langella/ AT

Pedaços de sachês de ketchup, sacolas plásticas, roupas e redes de pesca são materiais encontrados com frequência no corpo de tartarugas, pinguins, golfinhos e lobos-marinhos que chegam ao Instituto Gremar, em Guarujá, ONG que reabilita animais encontrados na faixa de areia de Bertioga a São Vicente.


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A equipe de A Tribuna foi até o local e acompanhou a rotina de veterinários, biólogos e voluntários responsáveis pelo cuidado de diferentes espécies que necessitam de ajuda para retornar para a natureza. Confira a videorreportagem acima.


Segundo a bióloga e gerente da base Rosane Farah, cerca de 1.300 animais ganharam uma ‘segunda vida’ desde a chegada na ONG. Em contrapartida, mais da metade dos bichos resgatados não tiveram a mesma sorte. “Desde o início do Gremar, em 2004, a média é de mais de 11 mil animais resgatados, entre vivos e mortos. Destes 11 mil nós sabemos que cerca de 70% a 80% são animais mortos. Infelizmente é um número muito alto”.



Neste sentido, a dificuldade para devolvê-los para a natureza está relacionada ao grau de fragilidade que chegam ao local. A bióloga explicou durante a entrevista que a principal causa dos encalhes dos animais marinhos é a interação antrópica, que é a relação humana. "A ingestão de resíduo sólido, principalmente a do plástico, é uma das principais causas dos problemas, além da interação com pesca, com contato com petrechos e redes abandonadas de forma inadequada".


Contudo, apesar da maior parte dos animais não sobreviver, o veterinário Ariel Carena explica que, quando chegam com vida, passam por tratamento completo, como o caso de uma tartaruga que chegou recentemente ao Gremar com fraturas provavelmente causadas por atrito com uma embarcação.



A biólogo Camila Zucchini destacou, também, a importância da população saber como agir quando encontrar animais marinhos encalhados. “Muitas pessoas, munícipes e turistas tentam pegar o animal e devolvê-lo para o mar, mas neste caso, a pessoa não ajuda, na verdade, pode prejudicar a situação. Então sempre que um animal for encontrado em faixa de areia tem um motivo para ele estar ali. Por isso é importante ligar para um órgão competente”.


Abaixo, confira os telefones para contato.


SERVIÇO


Instituto Gremar - Estr. Alexandre Migues Rodrigues, 916 - Jardim Las Palmas
Telefone: 0800 642 3341
Celular: 9971-4120
Instagram: @institutogremar


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