Achou um animal silvestre na Baixada Santista? Veja como ajudar a salvá-lo

Em situações como essas, é preciso evitar o manuseio dos animais

Por: Redação  -  31/08/21  -  07:52
Atualizado em 31/08/21 - 07:55
 Dona de casa encontrou tamanduá em sua chácara, ao lado um tamanduá bandeira adulto
Dona de casa encontrou tamanduá em sua chácara, ao lado um tamanduá bandeira adulto   Foto: Arquivo Pessoal e Imagem Ilustrativa/Pixabay

Um filhote de tamanduá-mirim com um ferimento na cauda foi encontrado, na última sexta-feira (27) pela manhã, defronte a uma chácara no Bairro Parque Real, em Itanhaém. Assustado, o animal estava arisco e precisando de ajuda. A dona da casa Marlene Maria da Silva, que o encontrou, não sabia a quem recorrer, mas conseguiu socorro na Polícia Ambiental.


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A sorte do mamífero, porém, pode não ser a de outros. A dúvida sobre como agir ou quem procurar pode ser crucial para salvar animais silvestres.


Marlene conta ter levado três horas até ser informada a procurar a Polícia Militar Ambiental (PMA). Durante esse período, o filhote foi posto em um carrinho de mão e precisou esperar por mais duas horas até a chegada da equipe.


Para pôr fim às dúvidas, o capitão Diego Mateus Cardoso Hoffmann, da PMA, informa que o primeiro passo é ligar à Guarda Civil Municipal (GCM). Segundo ele, os profissionais são treinados e sabem como recolher e encaminhar os animais. Se não puderem atender, a PMA deve ser acionada no telefone 3348-4773.


“Dados nossa formação e nossos equipamentos, a gente tenta direcionar as viaturas e equipes para casos que exijam uma maior presença de força, onde você tem uma situação de crime e necessidade de elaborar uma autuação”, diz o capitão, ao sugerir que se contate a GCM primeiro.


A PMA tem unidades em Peruíbe, Itanhaém e Guarujá. As equipes se deslocam dessas bases, recolhem os animais e os encaminham a tratamento veterinário antes da soltura.


Peça resgate


Priscilla Akiko Nakayama, médica-veterinária responsável pelo Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (Ceptas), em Cubatão, mantido pela São Judas – Unimonte e ligado ao curso de Medicina Veterinária da universidade, orienta solicitar o resgate.


“Não recomendo a manipulação do animal, independentemente da espécie (ave, réptil ou mamífero), a fim de resguardar a própria segurança e do animal. Por se tratar de um animal selvagem, ele tentará fugir ou atacar e pode piorar seu quadro. Inclusive, uma manipulação errada pode agravar fraturas, por exemplo”.


Ela explica que, ao chegar ao Ceptas, o animal é avaliado, medicado e tratado, se preciso. Depois, passa por reabilitação para ser solto ou levado a criatórios ou zoológicos, se não puderem voltar à natureza.


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