História de Cubatão: de lugar de passagem na época do Brasil Colônia a polo industrial

A trajetória do município que completa 73 anos neste sábado (9)

Por: Régis Querino  -  09/04/22  -  07:40
Atualizado em 09/04/22 - 13:32
Cubatão completa 73 anos de emancipação político-administrativa
Cubatão completa 73 anos de emancipação político-administrativa   Foto: Fábio Pires

Lugar de passagem desde os tempos do Brasil Colônia, pelo qual autoridades do reino, jesuítas, comerciantes e tropeiros trafegavam nas viagens entre o Litoral e o Planalto, o local onde se desenvolveu Cubatão era conhecido por Piaçaguera. O “Porto Velho”, na língua tupi, era um tipo de atracadouro utilizado pelos índios guaianás para acessar a região atualmente chamada Baixada Santista.


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Foi nesse mesmo local que o explorador português João Ramalho subiu a Serra do Mar na direção do Planalto, por volta de 1510, na companhia do cacique Tibiriçá, líder indígena tupiniquim, na época dos primeiros anos da colonização portuguesa no Brasil. Era ali que as cargas e mercadorias trocavam as balsas que vinham do porto pelo lombo das mulas que formavam as tropas que subiam a Serra do Mar.


Em 12 de agosto de 1833, a Regência Trina Permanente, instituída após a abdicação do imperador Dom Pedro I, sancionou a Lei 24, que separou um terreno da Fazenda de Cubatão para fundar um povoado. Como o local não se desenvolveu, o município não chegou a ser constituído e, em março de 1841, foi anexado a Santos.


Com origem na primeira metade do século 18, o Porto Geral de Cubatão proporcionou o surgimento de um povoado conhecido por essa denominação.


As obras da Usina da Light e da Companhia Santista de Papel, na década de 1920, impulsionaram o desenvolvimento de Cubatão, que ganhou uma dimensão maior com a construção da Via Anchieta, em 1947, dando mais importância para a região.


Emancipação

Naquela época, um grupo de trabalho foi criado para lutar pela elevação de Cubatão à categoria de município. Eles ficaram conhecidos como Os Emancipadores e realizaram, em 17 de outubro de 1948, um plebiscito, que culminou com a vitória pró-desmembramento de Santos. A emancipação política ocorreria em 9 de abril de 1949.


Os sete emancipadores foram Armando Cunha, Celso Grandis do Amaral, Lindoro Couto, José Rodrigues Lopes, Antônio Simões de Almeida, Jaime João Olcese e Domingos Rodrigues dos Santos, cujas faces em bronze estão no monumento entre os edifícios da Prefeitura e da Câmara Municipal.


A inauguração da primeira grande refinaria de petróleo no País, a Presidente Bernardes, em 1955, e a chegada da Companhia Siderúrgica Paulista, a Cosipa (atual Usiminas), em 1959, deram início ao processo de industrialização de Cubatão, que se consolidaria como o maior polo petroquímico-siderúrgico do Brasil.


Segundo a Prefeitura, 18 das atuais 24 indústrias que formam o Polo de Cubatão foram instaladas no período de 1955 a 1975. Duas dessas indústrias, Ultrafértil e Cosipa, possuem terminais portuários, onde recebem matérias-primas e embarcam seus produtos acabados.


Além da geração de empregos, a concentração industrial da Cidade trouxe resultados importantes do ponto de vista financeiro e do fortalecimento da capacidade tributária municipal, pois o que sustenta a arrecadação do Município com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).


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