Prefeito de Bertioga destaca investimentos para a cidade mesmo com o fator pandemia

Apesar da pandemia da covid-19 e de todas as dificuldades enfrentadas pelos municípios país afora, Bertioga conseguiu fechar o ano passado no azul. Com isso, os moradores ganharão de presente, nestes 30 anos de emancipação político-administrativa, obras em vários setores, que serão entregues ao longo do ano. Haverá cerca de R$ 78 milhões em investimentos, informa o prefeito o Caio Matheus (PSDB). Os recursos vão para diversos equipamentos públicos e melhorias em pavimentação, drenagem e saneamento. Educação e Saúde também são contemplados nesse pacote.

AT - O que os moradores podem aguardar para este aniversário da Cidade?

Caio Matheus - A gente tem para anunciar entre este mês e o segundo semestre R$ 78 milhões em obras, seja de infraestrutura viária, reurbanizacão de orla, de praças ou novos receptivos turísticos. Então, embora tendo como objetivo o combate à pandemia, a gente conseguiu separar umas entregas, obras e anúncios para o aniversário e o mês inteiro.

Quais são essas obras?

Nesta semana a gente inicia uma nova obra no Boraceia. Trata-se de uma segunda fase de pavimentação e drenagem. São R$ 8 milhões em investimentos. Iniciamos também o esgotamento sanitário, parceria com a Sabesp, no Ana Paula e também farei um anúncio entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões para pavimentação do bairro e drenagem. O portal da entrada da Cidade, que entrou em fase final, vai começar a erguer a estrutura. Isso tudo vai ser uma somatória para que a gente tenha uma retomada da economia no final do ano a passos mais largos.

Apesar da pandemia, o sr. destacou que foi possível focar em obras. Quais mais devem ser entregues ao longo do ano?

Se o tempo permitir, vamos entregar três avenidas pavimentadas neste mês: Nicolau Obeidi, no Vista Linda. Augusto Ribeiro Pacheco, no Jardim Rafael, e Estrada 4, no Chácaras Vista Linda, que estão em fase final. Há, ainda, uma nova orla no Bairro Rio da Praia, dezenas de ruas pavimentadas no Chácaras, no Indaiá e no Rio da Praia. Entregamos uma nova praça no Jardim das Canções. a extensão da Avenida 19 de Maio, a Avenida Principal, na entrada da Cidade, com rotatória nova no entroncamento com a Rua João Ramalho.

Para a Educação, qual a novidade?

Uma nova creche no Boraceia para zerar a fila de vagas. Embora seja responsabilidade do Estado, a gente entregou no Bairro de São Lourenço um equipamento público municipal, que fizemos reforma , em parceria com a Sobloco, para que pudesse ter Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Os recursos para essas obras são próprios?

Uma parte municipal, outra em recursos do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) e outra com valores remanescentes do ano passado de licitações que conseguimos reduzir. Muito pouca coisa vem de transferências intergovernamentais, como recurso federal ou estadual.

Por quê?

Não conto muito com esse dinheiro porque tenho exemplos nestes últimos quatro anos à frente do Executivo. Por exemplo, o Dadetur, Fundo da Secretaria de Turismo, destinado a cidades que são estâncias balneárias, como Bertioga. A gente vem enfrentado dificuldade grande em repasse e mudança de regra no meio do jogo. Isso gera uma dificuldade ainda maior com as empreiteiras que ganham esses projetos, uma vez que o ritmo da obra é proporcional à velocidade dos repasses, e a culpa vai para o prefeito. Posso dizer que todos os bairros receberão algum tipo de intervenção positiva. São recursos com que a gente pode contar e têm fluidez rápida.

A pandemia impactou as cidades de uma forma geral. Como foi em Bertioga?

O maior desafio do gestor, hoje, é o enfrentamento da pandemia. Mas a gente, em comparação com outras cidades, tem se destacado bastante. Nós percebemos isso através dos números, como taxas de ocupação, número de infectados e taxa de isolamento. Bertioga sempre esteve em primeiro lugar na Baixada, no ranking estadual de isolamento e se manteve entre a segunda e a sexta colocação no Estado.

O sr. falou também de obras realizadas na maternidade do Município.

Ela foi totalmente remodelada. São 14 leitos com infraestrutura de ponta, cama elétrica, novas TVs, ar- condicionado, mobiliário, piso, partes elétrica e hidráulica. Tudo foi revitalizado. Houve todo um retrofit interno e pensamos, ainda, na humanização para as futuras mães. Os profissionais são bastante dedicados.

Quais desafios ainda há na Saúde?

A ampliação do Hospital Municipal, que deu passo importante na semana passada, quando estive com o governador João Doria (PSDB), os secretários de Desenvolvimento Regional (Marco Vinholi) e da Casa Civil (Cauê Macris), e foi garantida a assinatura do convênio para ampliação do hospital, que estava aguardando sinalização há três anos. A planilha orçamentária já havia sido aprovada há um tempo. Agora, foi dada essa sinalização positiva. A gente atualizou os valores, de R$ 11,5 milhões para R$ 12,5 milhões. E o melhor presente que Bertioga poderia ganhar era acelerar esse convênio. Em quantidade de leitos, devemos ampliar de 49 para 113. Estamos estudando, também, implantar leitos de UTI. Seriam cinco, mas vamos tentar fechar a conta em dez. Hoje temos somente UTI para covid-19.

Qual outro presente o sr. gostaria de dar para o Município?

Quando se fala em presente para a Cidade, seria um maior controle da pandemia ou o fim dela. A gente já perdeu muitas vidas.