Santista fez a Independência do Brasil
No dia 13 de junho, é comemorado o nascimento do ilustre santista José Bonifácio de Andrada e Silva
Estamos chegando perto do dia 13 de junho, quando comemoramos o nascimento, a 13 de junho de 1763, do idealizador e Patrono da Independência do Brasil, o ilustre santista José Bonifácio de Andrada e Silva.
É importante lembrar que este santista, mais que o seu visitado panteão, na Praça Barão do Rio Branco, merece o nosso reconhecimento por representar o espírito patriótico dos brasileiros, pois teve a coragem de exercer papel decisivo na Independência do Brasil.
José Bonifácio, que foi também abolicionista, defensor dos índios, naturalista e poeta, defendeu, de forma aberta, o desejo dos brasileiros, que queriam liberdade e uma constituição própria.
Com sua influência, por ter forte atuação na Junta Governativa de São Paulo, em 23 de junho de 1821, José Bonifácio foi o primeiro a reconhecer a autoridade do príncipe regente D. Pedro de Alcântara, que, em carta de 17 de julho de 1821 ao pai, menciona José Bonifácio como o homem "a quem se deve a tranquilidade atual da província de São Paulo".
Depois, como ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros, de janeiro de 1822 a julho de 1823, José Bonifácio apoiou a regência de D. Pedro de Alcântara.
Foi José Bonifácio quem organizou campanha e convenceu D. Pedro I a ficar no Brasil, decisão manifestada no famoso Dia do Fico, quando recusou convite a voltar ao Reino de Portugal.
Depois José Bonifácio foi quem encorajou D. Pedro a proclamar a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822.
Após proclamada a Independência, comandou uma política centralizadora e organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal.
Além de sua atuação política, teve uma destacada carreira como naturalista, notadamente no campo da mineralogia, tendo recebido reconhecimento internacional, ainda em vida. Descobriu quatro minerais, incluindo a petalita, que mais tarde permitiria a descoberta do elemento lítio, e a andradita, batizada em sua homenagem.
De personalidade forte, comprometido com a melhoria do País, José Bonifácio rompeu com seus irmãos, Martim Francisco e Antônio Carlos e também com o já imperador Pedro I. Acabou sendo demitido e passou à oposição.
Após o fechamento da Constituinte, em 11 de novembro de 1823, José Bonifácio foi banido e se exilou na França por seis anos.
De volta ao Brasil e reconciliado com o imperador, em 1831, permaneceu como tutor do futuro Pedro II até 1833, quando foi demitido pelo governo da Regência por divergências internas.
Ou seja, José Bonifácio nunca se acomodou nem abriu mão dos seus ideais. Por isso, não devemos nos esquecer dele agora que o Brasil chegará, no dia 7 de setembro de 2022, aos seus 200 anos da conquista da Independência.