Ex-coordenador da Guarda de Guarujá é condenado a 17 anos por matar ex-mulher e enterrá-la

Julgamento levou cerca de 12 horas; crime ocorreu em agosto de 2020

Por: ATribuna.com.br  -  01/10/21  -  18:46
 Ex-coordenador da Guarda de Guarujá é condenado a 17 anos por matar ex-mulher e enterrá-la
Ex-coordenador da Guarda de Guarujá é condenado a 17 anos por matar ex-mulher e enterrá-la   Foto: Reprodução/Facebook

O ex-coordenador da Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarujá, Anderson Vitor Alves, foi condenado na noite de quinta-feira (30) a 17 anos e quatro meses de prisão pela morte da ex-companheira Rosana Fernandes da Silva. O crime aconteceu em agosto do ano passado.


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Segundo informações da TV Tribuna, foram cerca de 12 horas de julgamento no Fórum de Guarujá e a sentença saiu por volta das 22h. Alves foi condenado por homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, feminicídio e ocultação de cadáver.


A irmã da vítima, Renata Fernandes da Silva, disse que a sentença traz sensação de alívio. "Eu não iria me sentir bem em sair e a qualquer momento dar de cara com ele na rua como se nada tivesse acontecido."


O advogado assistente de acusação, Airton Sinto, também falou sobre a condenação. "A pena de 17 anos e quatro meses efetivamente parece e é pouca do ponto de vista da barbaridade, da atrocidade que foi cometida, mas tecnicamente conforme previsão legal não. Apesar de todas as qualificadoras reconhecidas, ele não tinha nenhum antecedente."


Já o advogado de defesa, Silvano José de Almeida, disse que há muitas provas que não foram respeitas antes do júri. "Nós, na apelação, vamos questionar e apontar todo o cerceamento de defesa que houve. A decisão do júri é soberana a não ser que haja novidades no decorrer do devido processo legal."


Após a sentença, Alves foi encaminhado de volta ao presídio de Tremembé. Ele já havia confessado o crime, mas mudou a versão durante o julgamento e acusou a atual companheira, que morreu esse ano por causa de um câncer.


Relembre o caso
O ex-coordenador da GCM de Guarujá matou a ex-companheiro com quem ele tem duas filhas. Na época, ela chegou a ser considerada desaparecida e Alves se ofereceu a ajudar a encontrá-la.


Durante o depoimento na delegacia, a polícia desconfiou e ele acabou confessando que matou Rosana com dois tiros na cabeça e depois enterrou o corpo no quintal da casa dele.


O homicídio aconteceu após uma discussão entre os dois. De acordo com a investigação, Rosana queria um aumento da pensão alimentícia das filhas. Eles estavam separados há sete meses, após ela descobrir que estava sendo traída.


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