Países pobres somariam US$ 38 bi ao PIB com ritmo de vacinação de ricos, diz OMS

O documento afirma que altos custos de entrega podem impor grandes consequências a sistemas de saúde frágeis

Por: Estadão Conteúdo  -  22/07/21  -  14:58
 Documento afirma que países mais vulneráveis ainda nem vacinaram todos os seus profissionais de saúde.
Documento afirma que países mais vulneráveis ainda nem vacinaram todos os seus profissionais de saúde.   Foto: Divulgação/Fiocruz

Países pobres deixarão de adicionar US$ 38 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) projetado de 2021 por não terem alcançado o mesmo ritmo de vacinação contra o coronavírus que economias avançadas. A estimativa consta em estudo conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS), Universidade de Oxford e o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), divulgado nesta quinta-feira, dia 22.


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A partir dos dados, a pesquisa conclui que, sem uma ação de equidade "urgente", nações de baixa e média renda enfrentarão duradouros e profundos impactos socioeconômicos da desigualdade na distribuição de imunizantes. "A iniquidade da vacina é o maior obstáculo do mundo para acabar com esta pandemia e se recuperar da covid-19", reiterou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que acrescentou que, do ponto de vista "econômico, social e moral", países ricos deveriam compartilhar doses.


O documento afirma que altos custos de entrega e preços elevados podem impor grandes consequências adversas a sistemas de saúde frágeis e dificultar a imunização e até levar a surtos de doenças como sarampo, pneumonia e diarreia.


As instituições chamam atenção para o fato de que economias desenvolvidas apresentam rápida recuperação econômica, enquanto as mais vulneráveis ainda nem vacinaram todos os seus profissionais de saúde e pessoas com alto risco de ter complicações pela covid-19. Destaca ainda que a disseminação da delta e de demais variantes leva alguns governos a voltarem a impor medidas de restrição à mobilidade, o que piora os impactos sociais.


"Em alguns países de renda baixa e média, menos de 1 por cento da população está vacinada - isso está contribuindo para uma recuperação de caminhos distintos da pandemia covid-19", disse o administrador do PNUD, Achim Steiner.


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