Preços de imóveis caem 3,35% em Santos

Pesquisa considerou anúncios em portais imobiliários no primeiro semestre

Por: Júnior Batista  -  07/07/21  -  19:09
  Preços de imóveis caem 3,35%em Santos
Preços de imóveis caem 3,35%em Santos   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O preço dos imóveis residenciais, em Santos, caiu 3,35% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020, segundo o Índice FipeZap.


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O indicador é calculado com base nos anúncios de apartamentos prontos, salas e conjuntos comerciais de até 200 m2 publicados nos portais imobiliários. Na comparação mensal,


Santos teve queda de 0,10% em junho, sobre maio. A variação dos últimos 12meses também indica que os preços estão mais baixos. Há recuo de 0,56% com junho de 2020.


Aretração favorece quem busca imóvel na praia, principalmente as classes A e B, que têm a oportunidade de trabalhar em home office e busca um imóvel longe dos grandes centros, segundo o economista Jorge Manoel de Souza Ferreira. “O lado bom é para quem quer comprar, pois é bom aproveitar o preço baixo”, afirma.


Na comparação de junho deste ano com junho do ano passado, o preço médio por m2 caiu 0,20%, de R$ 5.389 em 2020 para R$5.378 este ano. Para o coordenador do FipeZap, Eduardo Zylberstajn, Santos teve um movimento mais forte de alta no ano passado, tanto no preço de venda quanto no de locação (entre os residenciais). Agora, a busca motivada pela pandemia pode estar perdendo força.


“É possível que, com a perspectiva de maior normalidade até o final deste ano, a demanda por refúgios para a época de isolamento social esteja perdendo força”, diz.


CONTRAMÃO


Entre todas as cidades pesquisadas, o índice apontou alta de 0,57% em junho, na comparação com maio. É a maior elevação mensal desde agosto de 2014. Individualmente, 15 das 16 capitais monitoradas apresentaram elevação no preço médio no último mês, como Manaus (+2,14%), Vitória (+1,60%) e Brasília (+1,49%). São Paulo apresentou alta de 0,40%, superando o Rio de Janeiro (+0,15%).


Segundo o diretor regional do Sindicato da Habitaçã (Secovi), CarlosMeschini, o “boom” da procura do começo da pandemia pode ter arrefecido. “É o resultado também da lei da procura e oferta. Os insumos estão subindo e devem continuar, inflação está alta, então o consumidor procura se precaver. É uma queda de consumo”, afirma ele.


O delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), CarlosFerreira, no entanto, afirma que houve só estabilização, após um alto aquecimento de vendas nos meses anteriores. “O home office veio para ficar, com as atuais taxas, o momento de comprar é agora”, conclui.


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