Expositores da FeirArte tentam recuperar perdas em Santos
Montagem aos finais de semana na praia e na praça do Sesc ainda atrai poucas pessoas
Comerciantes da FeirArte, em Santos, estão felizes com o retorno das atividades e esperançosos de que, seguindo os protocolos, seja possível recuperar as perdas do ano de pandemia.
Atualmente, a feira, que possui 170 expositores, está com 77. Muitos deles, que poderiam voltar, estão ainda em casa, segundo os próprios trabalhadores, porque estão aguardando a segunda dose da vacina contra o coronavírus. “Muitos deles já possuem idade avançada”, afirma a artesã e comerciante Maristela Henrique Silveira, de 56 anos.
Ela trabalha com materiais recicláveis. Está na FeirArte desde 1989. Hoje, dois de seus produtos são o Zé Tampinha e o Robotoco - o primeiro está até “patenteado”, diz ela. “Medo de copiarem, sabe?”, brinca.
Apesar do sorriso no rosto, diz que está vendendo apenas cerca de 35% do que arrecadava antes da pandemia. “O público está retornando aos poucos, mas pelo menos estamos conseguindo fazer alguma coisa”, explica.
Atualmente, a feira acontece das 16 às 21 horas. Aos sábados, as barracas são montadas no calçadão da Praia do Boqueirão. No domingo, na Praça em frente em Sesc Santos, no Aparecida. “Quanto antes estender um pouco o horário de término, melhor. Porque as pessoas chegam por volta das 20 horas e estamos quase fechando”, completa.
Sua vizinha, Cássia Farias, de 49 anos, trabalha com tecidos. Ela vende diversos lenços e também, por conta da pandemia, começou a fazer máscaras. “Hoje, estou vendendo menos da metade do que o habitual, porém, é melhor do que nada. É importante esse retorno aos poucos”, diz.
O comerciante Rodrigo Escorse, de 40 anos, sente que os paulistanos que vieram passar o home office na região também estão saindo de casa. “Está ajudando a recuperar as perdas da pandemia”, diz.
Para ajudar, segundo Maristela e Cássia, focaram no Instagram da FeirArte. Estão fazendo algumas pequenas artes e divulgando nas redes. “Estamos fazendo da nossa forma, ver se atraímos mais público. A feira tem 38 anos só aqui, faz parte da Cidade”, reforça Maristela.
