Idosa tem dificuldade para comer e andar enquanto aguarda por cirurgia há mais de um ano em PG

Problemas renais e infecção fizeram Sandra Cristina Schiezaro, de 65 anos, entrar na fila de espera por uma cirurgia

Por: Daniel Gois  -  17/11/20  -  18:21
Idosa de 65 anos precisou parar de trabalhar para enfrentar problemas renais em Praia Grande
Idosa de 65 anos precisou parar de trabalhar para enfrentar problemas renais em Praia Grande   Foto: Arquivo pessoal

Cólicas renais, fortes dores no esôfago e dificuldades para se alimentar e, até mesmo, levantar da cama. Esses são alguns dos problemas enfrentados pela diarista Sandra Cristina Schiezaro da Silva, de 65 anos, moradora do bairro Aviação, em Praia Grande. Há dois anos, ela luta contra problemas renais. A família tenta conseguir uma vaga para realização de cirurgia há pelo menos um ano e meio, mas sem êxito. 


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A filha, Juliana Gomes Contieri Gonçalves, de 45 anos, conta que Sandra está com os dois rins comprometidos. A batalha começou quando ela se queixou de fortes dores. Após a realização de tomografia, foi constatado que seria necessária uma cirurgia para retirar pedras nos rins. Os gastos mensais com medicamentos chegam a R$ 600. 


Segundo Juliana, a vaga foi solicitada com urgência pelo Ambulatório Médico Especialista (AME) de Santos há um ano e seis meses e, até o momento, não foi conseguida. Ela conta que, por conta da complexidade, o procedimento cirúrgico só pode ser realizado no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, ou no Hospital das Clínicas, em São Paulo.


“Minha mãe nem come mais, de tanta dor que sente no esôfago. Tem dificuldade para ir ao banheiro, devido a tanta medicação. Quanto mais ela se movimenta, mais dores ela sente”, lamenta Juliana, que costuma ligar semanalmente para o ambulatório na esperança de conseguir a vaga para a mãe.


O tratamento de Sandra foi dividido entre a Unidade de Saúde da Família (Usafa) de Praia Grande e os AMEs de Praia Grande e Santos, que está cuidando do caso atualmente. Juliana afirma que, por conta da pandemia de Covid-19, há dificuldade, inclusive, para marcar consultas e exames de acompanhamento. Ela estima que a última consulta tenha sido há sete meses, enquanto os exames estão parados há um ano. 


“Ela era uma pessoa ativa. Conforme os problemas renais foram piorando, ela teve que parar de trabalhar, e não consegue realizar as funções domésticas. Ela vomita, não se alimenta, fica deitada na cama. Quando se alimenta, precisa ser comida leve. Tem dia que não consegue levantar da cama e andar, por conta das cólicas renais. Chega a ficar de dois a três dias sem se alimentar por conta de dores no esôfago”, afirma a filha. 


Desde junho, a família tenta uma consulta médica para Sandra em Praia Grande. Segundo Juliana, ao tentar um atendimento para a mãe no Usafa da cidade, foi dito que ela não poderia entrar, porque estão atendendo apenas casos relacionados à Covid-19.


Resposta


Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disse que entrará em contato com a paciente para reavaliar o caso e definir a conduta terapêutica apropriada.


Já a prefeitura de Praia Grande ressalta que todas as 30 unidades de saúde estão funcionando normalmente e agendando consultas médicas, e que a paciente está aguardando avaliação cirúrgica de urologia desde o dia 10 de junho.


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