Famílias da comunidade da Prainha, em Guarujá, cobram auxílio moradia estadual

Elas reclamam da demora e da falta de informações sobre o repasse de R$ 300,00 mensais

Por: Carolina Faccioli  -  26/05/21  -  19:36
 Na tarde de 9 de fevereiro, o fogo se espalhou rapidamente e fez 70 moradias virarem pó em instantes
Na tarde de 9 de fevereiro, o fogo se espalhou rapidamente e fez 70 moradias virarem pó em instantes   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Famílias que tiveram as moradias destruídas por um incêndio em 9 de fevereiro na Prainha, em Guarujá, ainda aguardam, quase cinco meses depois, a liberação de um auxílio moradia prometido pelo Governo de São Paulo. Elas reclamam da demora e da falta de informações sobre o repasse de R$ 300,00 mensais. O Estado, por sua vez, promete viabilizar o pagamento o mais rápido possível.


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Um dos prejudicados é o ajudante de obra Janssen Oliveira, de 28 anos. Ele conta que os moradores foram proibidos de reconstruir as casas no local. Por isso, foi com a família para o Pae Cará.


Apesar de receber auxílio da Prefeitura de Guarujá, de R$ 200,00 mensais, ele revela que a quantia não é suficiente, já que o aluguel da casa custa R$ 800,00. “Tem sido um sufoco. Trabalho de dia no serviço e de noite faço bico”.


O movimentador de mercadoria Arnaldo dos Santos, de 52 anos, também perdeu a casa, mas arranjou uma nova moradia na mesma região. Ele reclama da demora para receber o auxílio do Estado. Para centralizar as informações sobre a tramitação dos auxílios, ele montou um grupo de WhatsApp com outras famílias.


A doméstica Claudete Marques, de 53 anos, não conseguiu alugar uma casa para morar. Atualmente desempregada, ela mora na residência de uma conhecida, no Pae Cará, com o filho de 17 anos e a neta, de 4. “Não sei o que está acontecendo. Até onde a gente sabe, qual casa tem aluguel de R$ 200,00? Aqui, não existe. E esses R$ 300,00, até agora, nada”.


Além do aluguel, ela também afirma que precisará comprar móveis, pois perdeu uma parte deles no incêndio e o restante acabou furtado. Por enquanto, o pouco que sobrou fica em sacolas. “Eu morava lá há cinco anos. Comprei e reformei tudinho, aí veio isso (incêndio) na véspera do meu aniversário”.


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