Três religiões celebram São Jorge
Conheça a história do Santo Guerreiro, venerado no catolicismo, na Umbanda e no Candomblé; região tem programação especial
Hoje é dia de São Jorge para as religiões católicas e Ogum para Candomblé e Umbanda. Na região, haverá programação especial para celebrar a data, uma das mais festejadas do ano.
“Ele é um modelo de vida, um exemplo de fé em Deus e de valentia. Algo a ser imitado por cada um de nós. É um motivo a mais, pois São Jorge, humano como nós, conseguiu vencer as dificuldades e barreiras da vida. Então, nós conseguiremos também”, explica o diácono da Paróquia São Jorge Mártir, em Santos, Anderson Ribeiro.
“Jorge nos ensina a não temer. Não temer as maldades, os dragões da vida”, completa o diácono. A igreja santista receberá celebrações durante todo o dia hoje, além de uma feira e uma procissão especial em nome do santo.
Histórico
Na tradição cristã, o Santo Guerreiro, como é conhecido, nasceu filho de um militar, em 275 d.C., na Capadócia. Quando seu pai morreu, teria ido à Terra Santa. Lá, converteu-se ao cristianismo quando sua mãe faleceu e doou seus bens aos pobres. Sua força em lutar contra o mal teria sido reconhecida.
Existe, ainda, a história da famosa derrota de um dragão que assolava uma região próxima a Salone, na Líbia, no Norte da África.
Jorge, que liderava o exército romano, teria enfrentado o dragão em seu cavalo branco e acertado sua lança, chamada Ascalon, na garganta do animal, livrando o vilarejo do sofrimento.
Força
No Candomblé e na Umbanda, Jorge é chamado de Ogum. O orixá representa a força nas lutas. Seus “filhos” são conhecidos pela coragem e pelo forte senso de justiça.
Segundo a religião, a divindade era conhecida por ser um guerreiro que forjava suas próprias armas.
É considerado o primeiro e principal orixá a vir à Terra após sua criação.
Durante sua vida, teria lutado em várias guerras. Ele teria ensinado aos homens como forjar o ferro e o aço. Seus instrumentos são alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca.