Praias da Baixada Santista são reabertas para atividades físicas individuais
Em Santos, cerca de 1200 gradis foram removidos na manhã desta segunda-feira
Com a praia liberada para atividades físicas na maioria das cidades da Baixada Santista, a caminhada na areia ou no calçadão foi a cena que mais se repetiu em Santos e São Vicente nesta segunda-feira (12).
A digitadora Rilda da Silva Pinto, 68 anos, já havia percorrido o trecho entre o Gonzaguinha e o Ilha Porchat duas vezes até as 10h30.
"Ando sozinha. Venho de máscara. Procuro respeitar os outros. Educação é o que o povo precisa para passar esse momento. Se todos se respeitarem, melhora. E caminhar é muito bom para a saúde".
Para o professor de educação física Osni Guimarães, 62 anos, a praia é o local usado para fazer sua fisioterapia. "Faço os exercícios que preciso na água. Velho tem artrose e isso é muito bom", brinca.
Mas ele ressalta que as pessoas precisam fazer sua parte, mantendo os protocolos sanitários.
"É uma alegria voltar à praia. É como se fosse um a pequena vitória, um recomeço. Mas tem que tomar cuidado. As medidas sanitárias ainda vão durar um bom tempo. Mas infelizmente você vê pessoas que parecem não entender como isso é importante, além de ser ainda um exercício de cidadania".
Apesar disso, ainda foi possível ver gente andando sem máscara ou tomando sol na cadeira de praia, o que não está permitido.
Em Santos, as cerca de 1.200 grades que impediam o acesso à praia começaram a ser retiradas no meio da manhã, mas antes mesmo disso já havia moradores aproveitando a reabertura para atividades físicas tanto no calçadão quando na areia.
O professor Eduardo Ferreira Barbosa conta que veio se exercitar assim que soube da liberação pelo Município. Ele fez uma cirurgia no joelho e ainda está em fase de recuperação. Fazer exercícios é fundamental nessa fase, acrescenta ele. "Com as academias fechadas, a praia é uma excelente alternativa. Como fiquei parado esse tempo, já estava sentido dores e meu joelho inchar".
Ele destaca ainda o contato com a natureza como um motivo a mais para o bem-estar. "É uma felicidade ver essa natureza. Faz bem para psicológico. O problema é que as pessoas abusam.Nao respeitam as medidas de segurança. Se não fosse isso, não precisava fechar praias".